Projeção da Abicalçados é de maior produção puxada pelas exportações. Fieam prevê que produção do setor no PIM deverá seguir tendência nacional.
Fabricantes de sapatos preveem aumento de 12,2% neste ano (Foto: Reprodução)
Impulsionado pelas exportações, o setor de calçados prevê crescimento de 12,2% na produção no fechamento de 2021 em relação a 2020. A estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) também é de incremento de 2,6% nas fabricações para 2022 em relação ao corrente ano.
A projeção da Abicalçados é que até dezembro deste ano o país registre produção de 857 milhões de pares, quase 100 milhões a mais do que o produzido no ano anterior. A pesar do índice positivo, a associação afirma que o volume ainda estará abaixo do nível pré-pandemia, em 2019, em 8%.
Entre janeiro e agosto, o setor produziu 512 milhões de pares, 26% mais do que no mesmo período do ano passado e 15,5% menos do que no período correspondente de 2019.
Os principais países compradores dos calçados nacionais são os Estados Unidos e a França. Conforme a associação, entre janeiro e setembro foram exportados 86,2 milhões de pares, que geraram faturamento de de US$ 618,5 milhões, incrementos de 33,7% em volume e de 26,3% em receita no comparativo com igual período do ano passado.
Para a região Norte, a associação estima produção de 1,03 milhão de pares até dezembro.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, destaca que o subsetor de calçados do Polo Industrial de Manaus (PIM) apresenta menor dependência de insumos importados para a fabricação, o que contribui para a manutenção das atividades.
“Esse é um segmento que apresenta uma menor dependência de insumos importados, o que contribui para um impacto reduzido em função da crise de abastecimento. A nossa expectativa é que os números acompanhem os dados do setor a nível nacional”, avaliou o empresário.
Conforme os Indicadores de Desempenho do PIM, de janeiro a julho o setor, que também abrange o segmento de vestuário, registrou faturamento de R$14,4 milhões o que representa crescimento de 35,95% em relação a igual período do ano anterior. Atualmente o setor emprega 280 colaboradores.
Texto: Priscila Caldas
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