Levantamento da LCA Consultores, com base no Caged, mostra que em março o número de pedidos de demissões voluntárias cresceu 45% em relação a março de 2021.
Pedidos de demissões crescem em Manaus (Foto: Reprodução)
Em Manaus, cresceu o número de trabalhadores que pedem demissão voluntariamente. Em março deste ano 3,9 mil pessoas deixaram o emprego formal, um crescimento de 45% em relação ao número de pessoas que abandonaram o serviço em março de 2021. Os dados sobre as demissões são do levantamento da LCA Consultores Soluções Estratégicas em Economia, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Conforme os números fornecidos pela LCA, no recorte regional, o crescimento nos pedidos de demissões acompanham os índices nacionais. Em Manaus, em março deste ano 3.923 pessoas se demitiram, o que representa 23,9% de 16.394 demissões registradas no mês . Enquanto no terceiro mês de 2021 esse número foi de 2.708. Em março de 2020 foram registrados 1.938 pedidos de desligamentos.
Na análise do trimestre, a média foi de 4 mil demissões voluntárias, com maior índice registrado em fevereiro, de 4.125 pedidos, representando 26,5% do total de desligamentos naquele mês, que foi de 15.581, conforme o Caged.
Para a especialista em gestão de pessoas, Tatiana Silva, os números mostram que, com o arrefecimento da pandemia da Covid-19, pessoas que aceitaram oportunidade de trabalho em segmentos de atuação diferentes da área de formação profissional, agora encontram oportunidades de recolocação no mercado de trabalho conforme área de formação. Esse público, segundo ela, pede demissão e já ingressa em outra oportunidade.
Outro cenário citado por Tatiana, é das pessoas que durante a pandemia adequaram o espaço residencial para a prática profissional e no retorno às atividades presenciais, optaram por manter a prática do home office.
“No auge da pandemia, muitas pessoas ‘pegaram’ qualquer oportunidade e agora, retornam à área de formação. Por outro lado, também existem as pessoas que buscam equilíbrio pessoal e qualidade de vida a partir da flexibilidade proporcionada pelo home office, optando por vagas nessa modalidade. Esses cenários estão relacionados ao crescimento nos pedidos de demissões na capital”, informou a especialista.
Texto: Priscila Caldas
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