Classe se posicionou por meio de nota emitada pela Associação Brasileira de Economistas pela Democracia. Eles classificam posição política do presidente como 'nefasta'.
Classe diz que comportamento de Bolsonaro na pandemia afetou economia do país (Foto: Reprodução)
Os economistas amazonenses, vinculados à Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED), emitiram uma nota de repúdio a decisão da Assembleia Legislativa do Amazonas de conceder ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o título de Cidadão Amazonense. O documento foi divulgado nesta quarta-feira (21).
Segundo a classe, o posicionamento contra tal homenagem se dá pela “nefasta política ambiental, indigenista, econômica e, principalmente, sanitária” adotada pelo presidente.
“A atuação do presidente no combate à pandemia do novo coronavírus foi e é de uma irresponsabilidade tão grande, que levou o país, começando pelo Amazonas, a atingir recordes de mortes, muitas delas que poderiam ser salvas. Até o momento, são mais de 378 mil mortos no país, sendo 12,4 mil somente no Estado”, justifica o documento.
A nota de repúdios dos economistas dá destaque ao comportamento negacionista do presidente em relação aos protocolos de combate e prevenção à Covid-19, como o uso de máscara facial, por exemplo. O documento lembra ainda a crise do oxigênio vivida pelos amazonenses na segunda quinzena de janeiro, ressaltando que a atitude de Bolsonaro afetou a economia do país.
“A política econômica de restrições fiscais do presidente afeta investimentos, empregos e a imperiosa necessidade, neste momento da crise sanitária, de ajudar a população mais vulnerável, que voltou a passar fome. Somente no Amazonas são cerca de 1 milhão de cidadãos em situação de insegurança alimentar”, destaca a nota, que também cita as decisões do Governo Federal pela privatização dos Correios e outros órgãos importantes para o setor.
“Conceder este título a alguém que tanto mal fez pelo povo do Amazonas, consideramos uma afronta e um desrespeito que criam constrangimento a centenas de milhares de amazonenses que perderam seus entes queridos ou seus empregos pela inação ou omissão do presidente da República”, finaliza o documento.
A nota, na íntegra, pode ser lida NESTE LINK.
Texto: Rosianne Couto
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