Pesquisa da Fecomércio-AM, em fevereiro, aponta que 67% dos residentes em Manaus e 39% das famílias locais tinham dívidas, a maioria com mais de 50% da renda comprometida.
Segundo a pesquisa, 16,2% disseram que não vão conseguir pagar as contas (Foto: Reprodução)
Endividamentos tiraram o sono de 67% das pessoas que moram em Manaus, em fevereiro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio-AM). Ainda segundo a pesquisa, 38,9% das famílias da capital relataram dívidas ou contas de atraso.
Do montante de pessoas endividadas, 29,7% disseram que têm contas em atraso e 16,2% informaram não ter condições de pagar as pendências, especialmente relacionadas ao cartão de crédito. A modalidade é o principal problema no orçamento de 86,1% dos entrevistados, sendo a resposta de 84,9% de quem ganha até dez salários-mínimos e de 98,3% de quem ganha acima de dez salários.
As dívidas com mais de 1 ano são a maioria, em Manaus, citadas por 42% das famílias conforme o levantamento da Fecomércio-AM. Mais de 50% da renda está comprometida com dívidas, segundo 51,3% que responderam a pesquisa.
Na avaliação nacional, o número de famílias endividadas é o maior em 12 anos, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Com 27% dos lares comprometidos com dívidas, o indicador de inadimplência apresentou, em fevereiro, aumento de 0,6 ponto percentual em relação a janeiro e de 2,5 pontos percentuais na comparação com fevereiro de 2021. “Já a parcela que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerá inadimplente também acirrou na passagem mensal, com aumento de 0,4 pontos percentuais, a proporção chegou a 10,5%, mesmo percentual registrado em fevereiro do ano passado”, diz o material divulgado pela CNC.
O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) alcançou 76,6% em fevereiro, retomando o nível apurado em dezembro de 2021.
Texto por Emerson Medina
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