A Semsa encerrou o ano de 2021 com 57.350 exames. A hanseníase é uma doença infecciosa crônica e a transmissão ocorre por secreções nasais, tosses ou espirros.
(Foto: Reprodução)
Esta semana foi realizada a cerimônia oficial de abertura do “Janeiro Roxo”, campanha para a prevenção e controle da hanseníase. Em 2021, o município de Manaus registrou cem casos novos de hanseníase (sete em menores de 15 anos), com aumento de 44,29% quando comparado aos registros de 2020.
Segundo a chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, enfermeira Ingrid Simone Alves dos Santos, com o início da pandemia da Covid-19 em 2020, a população evitou procurar as UBSs para atendimento por causa do risco de transmissão da doença, o que resultou em um menor número de diagnósticos.
“Já em 2021, a Semsa reforçou o trabalho de busca ativa e a capacitação dos profissionais, assim como intensificou a oferta de exame dermatológico. Com uma meta para a realização de 42.488 exames em 2021, a Semsa encerrou o ano com 57.350 exames”, afirmou Ingrid.
Do total de 57.350 exames em Manaus, as UBSs do Distrito de Saúde (Disa) Norte realizaram 23.123 exames, acima da meta anual de 12.035 procedimentos, o que teve impacto direto na detecção de casos, resultando no aumento de número de diagnósticos em residentes na zona Norte.
“Dos cem casos novos registrados no ano passado em Manaus, 41 foram diagnosticados em pessoas residentes na zona Norte, que recebem tratamento em unidades municipais e estaduais de saúde”, revelou Ingrid Santos.
Além dos 41 casos novos diagnosticados em residentes da zona Norte, houve o registro de 22 casos na zona Leste; 21 casos novos na zona Oeste; 13 casos na zona Sul; e três casos na zona Rural.
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae) e a transmissão ocorre quando uma pessoa doente, sem ter iniciado o tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros. Os sintomas podem surgir entre dois e sete anos a partir da contaminação.
Na fase inicial da doença, os sintomas são caracterizados por lesões na pele, que causam diminuição ou ausência de sensibilidade ou lesões dormentes. Em estágios mais avançados pode apresentar edema de mãos e pés, febre, dor na articulação, ressecamento dos olhos, nódulos dolorosos, mal-estar geral, dor ou espessamento dos nervos periféricos, principalmente nos olhos, nas mãos e nos pés, e a diminuição ou perda de força nos músculos, inclusive nas pálpebras.
A transmissão requer um convívio muito próximo e por um tempo muito prolongado. Por esse motivo é fundamental acompanhar os contatos domiciliares do paciente com hanseníase, para um diagnóstico precoce.
Com informações da assessoria
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