sábado, 18 de maio de 2024

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AMAZÔNIA LEGAL

Desmatamento em terras indígenas cai 42% em 9 meses, atingindo menor índice desde 2018

Em março de 2024, a queda foi ainda mais expressiva, alcançando 89% em relação ao mesmo mês de 2023, passando de 3,77 km² para 0,42 km²
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Amazônia legal, terras indígenas
Amazonas, Mato Grosso e Roraima foram os estados mais afetados pelo desmatamento no terceiro mês do ano (Foto: Felipe Werneck/Ibama)

Um novo relatório do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revelou que entre agosto de 2023 e março de 2024, as terras indígenas da Amazônia registraram uma queda de 42% no desmatamento, alcançando o menor índice desde 2018. O período analisado corresponde aos primeiros nove meses do chamado “calendário do desmatamento”, que acompanha o ciclo anual de chuvas na região, iniciando em agosto e se estendendo até julho do ano seguinte.

No comparativo entre março de 2024 e o mesmo mês do ano passado, a queda foi ainda mais expressiva, chegando a 89%, passando de 3,77 km² para 0,42 km².

Um exemplo positivo citado pelo Imazon foi a expulsão de invasores da Terra Indígena Apyterewa, do povo Parakanã. Esta área, que foi a terra indígena mais desmatada da Amazônia nos últimos quatro anos, não apareceu no ranking desta vez. A retirada dos invasores, realizada por uma operação conjunta envolvendo Ibama, Funai e Polícia Federal, reverteu significativamente o cenário.

Por outro lado, o estado de Roraima foi destacado negativamente, concentrando seis das sete áreas demarcadas com maior índice de desmatamento em março. O Imazon alerta que o estado já vinha apresentando elevados números de desmatamento desde o início de 2024.

Em toda a Amazônia Legal, não apenas nas terras indígenas, o desmatamento caiu 60% em março de 2024, marcando o 12º mês consecutivo de queda. No entanto, a área de vegetação amazônica perdida ainda é alta, com 1.948 km², maior do que a cidade de São Paulo.

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Amazonas, Mato Grosso e Roraima foram os estados mais afetados pelo desmatamento no terceiro mês do ano, respondendo por 28%, 26% e 25%, respectivamente, e totalizando 79% da devastação em toda a Amazônia Legal, equivalente a 98 km², área semelhante à cidade de Vitória, capital do Espírito Santo.

Na quarta posição do ranking dos estados com maior perda florestal em março de 2024, o Pará destaca-se por concentrar cinco das dez unidades de conservação mais desmatadas no mês: APA do Tapajós, APA Triunfo do Xingu, Flona de Saracá-Taquera, Flona Jamanxim e Floresta Estadual do Paru. Em conjunto, essas áreas somam 6,3 km² de desmatamento, equivalente a 630 campos de futebol.

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