Imediatamente após a fala, Pazuello voltou a afirmar que a vacinação terá início simultâneo em todos os estados. Há quem diga que a fala não passou de "jogo de marketing".
Entrevista coletiva aconteceu na manhã desta quarta-feira em Manaus (Foto: Reprodução)
Depois de descartar a prioridade para o Amazonas para a vacinação contra a Covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mudou o discurso e afirmou que a capital do estado será a primeira cidade a ser vacinada.
A declaração foi dada em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (13), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), em Manaus.
De acordo com o Pazuello, assim que o ministério receber a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial de qualquer imunizante disponível a cidade deve iniciar a vacinação.
“Vamos vacinar em janeiro. E Manaus será, também, a primeira a ser vacinada. Ninguém receberá a vacina antes de Manaus”, disse, dando esperanças a manauaras que sofrem com a crítica situação da pandemia na cidade.
Mas na sequência, ao concluir o pensamento, ele se contradisse. Em declaração ambígua, o ministro voltou a afirmar que todos os estados receberão as doses no mesmo momento.
Há quem diga que a fala do ministro Pazuello não passou de um “jogo de marketing” na sua terra natal.
“A vacina será distribuída simultaneamente em todos os estados, de acordo na sua proporção de população. E Manaus terá essa prioridade”, disse o ministro.
Eduardo Pazuello, no entanto, não entrou em detalhes sobre como vai funcionar a logística do processo de imunização e nem quanta doses serão disponibilizadas para a capital.
Segundo o ministro, duas vacinas devem ser autorizadas ainda este mês: a da Fiocruz/AstraZeneca e Butantan/Sinovac. O Governo Federal já garantiu 8 milhões de doses dos imunizante.
“Quando a Anvisa concluir a sua análise de segurança e eficácia, três ou quatro dias depois nós estamos distribuindo as vacinas no Brasil”, falou o ministro.
Reportagem: Lucas Raposo
Leia mais: