O estoque reforçado permite também um melhor atendimento à unidades de saúde do estado. Destacam-se a dispensação de medicamentos e insumos.
A Cema alcançou um nível histórico de 75% de abastecimento. (Foto: Divulgação)
Após passar por reestruturação logística e de distribuição de recursos, a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), alcançou nível histórico de 75% de abastecimento e otimizou o atendimento à população, bem como a dispensação de medicamentos e insumos para as unidades de saúde de todo o Amazonas.
Com as melhorias na Cema, programas complementares como “Melhor em Casa” e “Saúde Domiciliar”, implantados para facilitar o acesso da população a insumos na rede, passaram a atender os usuários com mais agilidade.
O “Melhor em Casa” é um programa de serviços por meio do qual o paciente que estava internado e deixa a unidade de saúde é atendido em casa, recebendo acompanhamento de uma equipe especializada. Já o programa “Saúde Domiciliar” é o que fornece insumos e itens de nutrição, fraldas, materiais para cicatrização, entre outros; para cerca de 4 mil usuários.
O coordenador da Cema, Cláudio Nogueira, explica que, desde o mês de agosto, o serviço social da SES-AM passou a atender no prédio anexo à Central de Medicamentos, o que beneficiou o paciente que agora faz a solicitação e retira o material no mesmo local.
“Estamos criando alguns protocolos estaduais para que facilitem o acesso de quem, de fato, necessita. Hoje o paciente que tiver necessidade procura o Serviço Social, que fica aqui mesmo na Cema, abre a solicitação, é feita uma avaliação e ele passa a ser atendido nesse programa”, afirmou Nogueira.
O policial federal Raimundo Nonato Barbosa faz a retirada de insumos na Central de Medicamentos há seis meses, por meio do programa “Saúde Domiciliar”. Ele recebe alimento enteral e fraldas descartáveis para o pai, um idoso de 87 anos.
“Só em fralda e alimento eu tenho uma economia de R$ 1.500,00 por mês, equivale a um salário mínimo e meio, aproximadamente. Isso em uma família que tem uma renda baixa faz muita diferença. Esse atendimento é extremamente necessário e importante para atender a população, principalmente a população mais carente”, observa.
De acordo com ele, o atendimento foi mantido mesmo com a pandemia do novo coronavírus. “Durante o auge da pandemia esse atendimento era feito por e-mail. Eu enviava um e-mail, a Cema agendava um horário e o local para a retirada de materiais. No mês de novembro, o atendimento passou a ser presencial, eu apresento as solicitações, as requisições de fralda e alimento, e eles de imediato me direcionam para onde faz a retirada”, pontuou Raimundo.
“Nós fizemos uma revisão em toda a política de assistência farmacêutica na rede de saúde. Há programas como o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), em que estamos com 96% de abastecimento; e também o programa de ‘Saúde Domiciliar’, que entrega medicamentos e insumos diretamente para a população, estamos 80% abastecidos. Em relação ao abastecimento da rede, nós estamos muito acima da média de muitos estados”, acrescentou Marcellus Campêlo.
O coordenador da Cema enfatiza que a Central é responsável pelo abastecimento das unidades de saúde da capital e do interior do Amazonas.
“Na capital eu tenho unidades que fazem o pedido mensal, que são aquelas unidades ambulatoriais, que são menores. Hospitais maiores são abastecidos a cada 15 dias. O interior é um pedido mensal também, então é enviado através do sistema Ajuri (sistema em que são feitos os pedidos). É importante destacar que foi nessa gestão que se implantou o Ajuri nas unidades do interior, antes era por e-mail, o que dificultava bastante”, frisou Cláudio Nogueira.
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