Contrariando expectativas, o Ministro anunciou que todos os estados receberão doses das vacinas na mesma data, assim que a Anvisa autorizar o uso emergencial dos imunizantes.
Declaração foi dada durante entrevista coletiva nesta segunda-feira em Manaus (Foto: Reprodução)
Quem aguardava o anúncio do início da vacinação contra a Covid-19 no Amazonas ou ao menos a definição de uma data para o começo da imunização ficou frustrado, após a coletiva do ministro da Saúde Eduardo Pazuello nesta segunda-feira (11) em Manaus.
Em seu discurso, o ministro descartaou a prioridade de vacinação para o Amazonas – e para qualquer estado. Segundo Eduardo Pazuello, após a autorização da Anvisa, todos os estados receberão as doses no prazo de três ou quatro dias e a imunização iniciará de forma simultânea em todos os municípios do país.
“Todos os estados receberão simultaneamente a vacina, no mesmo dia. A vacinação vai começar no Dia D, na Hora H no Brasil. A prioridade já está dada. A prioridade é o Brasil todo, e vamos fazer como exemplo para o mundo”, disse.
Ainda de acordo com o ministro, a vacina será gratuita, mas “no que depender do presidente e do Ministério a vacina não será obrigatória”.
O ministro garantiu 8 milhões de doses para o início da imunização, sendo 6 milhões da Coronavac e outros 2 milhões da AstraZeneca.
Mas afirmou que o início do processo de vacinação dependerá da aprovação dos pedidos de uso emergencial dos dois imunizantes pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Conforme anunciado anteriormente, o Ministério da Saúde trabalha com três cenários diferentes para o início da vacinação do país, dependendo do ritmo das análises da Anvisa.
De acordo com Pazuello, no prazo curto a vacinação poderá iniciar até o próximo dia 20 de janeiro. No prazo médio, a datas podem variar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. Já no longo prazo, o Ministério da Saúde acredita iniciar a imunização entre 10 de fevereiro e início de março.
“Começaremos em um desses três períodos. Tenho autorização para uso emergencial de 6 milhões de doses do Butantam, e tenho 2 milhões da AstraZeneca já solicitadas para janeiro. Se a análise da Anvisa for concluída, eu inicio a vacinação até o dia 20 de janeiro, no período curto”, prometeu.
Na opinião do ministros da Saúde, apesar de atrasado em relação a outros países, o modelo de vacinação contra a Covid-19 no Brasil será modelo para o mundo, principalmente por se aproveitar da estrutura do Plano Nacional de Imunização (PNI), implantado com sucesso há mais de 40 anos no país.
“O nosso programa de vacinação para a Covid será o maior do mundo. O povo brasileiro já está adaptado e quer receber a vacina. O sistema já existe. Quando eu distribuir a vacina, rapidamente ela chegara à ponta da linha e vai vacinar todo mundo. Mas eu preciso de grandes quantidades, e só tenho grandes quantidades produzidas no Brasil”, finalizou.
Reportagem: Lucas Raposo
Leia mais: