Boletim do Observatório Covid-19 faz balanço da pandemia no Brasil em 2020. Ao longo dessas 44 semanas epidemiológicas foram contabilizados 7.714.819 casos e 195.742 óbitos.
Pandemia tirou quase 200 mil vidas no Brasil, no ano passado. (Foto: Divulgação)
A primeira edição de 2021 do Boletim do Observatório Covid-19Fiocruz traça um panorama da pandemia no Brasil ao longo das semanas epidemiológicas de 2020.
A publicação faz um balanço que começa na semana epidemiológica 9, que abrange a data do primeiro caso de Covid-19 no país, em 26 de fevereiro, até a de número 53, de 27 de dezembro a 2 de janeiro.
Ao longo dessas 44 semanas epidemiológicas foram contabilizados 7.714.819 casos e 195.742 óbitos.
A edição especial recorda que as dimensões continentais, a heterogeneidade, as imensas desigualdades sociais e as iniquidades em saúde verificadas no país são grandes obstáculos no cenário atual e também o serão na futura situação de pós-pandemia.
E destaca que o SUS, que tem a equidade em saúde como um de seus princípios fundamentais, exerce um papel imprescindível no enfrentamento da pandemia.
Outro texto da edição é focado exatamente na questão da equidade em saúde e reforça que não há saúde para alguns se não houver saúde para todos.
Na condição de um dos dez países com maiores índices de desigualdades socioeconômicas, o Brasil precisa encarar esse desafio adicional no enfrentamento da pandemia e romper com o ciclo vicioso de retroalimentação das desigualdades sociais.
Este número especial traz ainda uma linha do tempo que reúne os principais fatos e acontecimentos da Covid-19 no Brasil, de 28 de janeiro a 31 de dezembro.
A retrospectiva inclui o número de casos e mortes no país e no mundo, mês a mês.
Segundo o Boletim, a disponibilidade de leitos de UTI Covid-19 existentes (SUS e não SUS) para adultos por 10 mil habitantes nos estados tem se mantido estável.
De 21 de dezembro a 4 de janeiro, dados do CNES indicam somente uma pequena redução no indicador no Ceará e pequenos incrementos no Amazonas, Minas Gerais, Paraná e Tocantins.
No período indicado, nove capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos de pelos menos 80%: Manaus (89,4%), Boa Vista (83,3%), Macapá (94,4%), Belém (100,0%), Belo Horizonte (80,5%), Vitória (80,1%), Rio de Janeiro (99,8%), Curitiba (80,0%) e Campo Grande (100,0%). Somam-se a elas ainda, com taxas superiores a 70,0%, Recife (77,5%) e Porto Alegre (73,8%).
Este Boletim Especial dedicado a 2020 e todas as edições anteriores estão disponíveis no site do Observatório e na Agência Fiocruz de Notícias, oferecendo um panorama geral do cenário epidemiológico com indicadores-chave para monitoramento da situação em estados e regiões. As demais ações, relatórios e notas técnicas podem ser acessadas no site do Observatório Covid-19.
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